Três amigos decidiram transformar cada pedalada em esperança. No dia 24 de outubro de 2025, Felipe Bozz, Marcelo Borges Vieira e Walmir Cardoso partem de Santo Inácio, no norte do Estado, rumo a São Mateus do Sul, na divisa com Santa Catarina. Serão mais de 580 quilômetros em apenas três dias, na expedição “Pedalando para a Vida”, uma jornada marcada não apenas pelo desafio físico, mas pela nobre missão de mobilizar a sociedade para o cadastro de doadores de medula óssea.
O projeto tem um objetivo claro: aumentar as chances de pacientes que aguardam por um transplante encontrarem um doador compatível. A probabilidade de um doador não familiar ser compatível pode chegar a 1 em 100 mil, segundo o INCA — um dado que revela a urgência de ampliar o cadastro nacional. Em 2024, mais de 74 mil novos cadastros reforçaram o REDOME, que hoje responde por cerca de 65% dos transplantes realizados no Brasil. Ainda assim, milhares de vidas dependem de que mais brasileiros se unam a essa corrente solidária.
O deputado estadual Adriano José é um dos apoiadores da iniciativa e destaca a força transformadora dessa campanha: “Esses ciclistas mostram que solidariedade também se faz em movimento. Cada cadastro no REDOME pode ser a diferença entre a vida e a perda para uma família. Se você tem entre 18 e 35 anos e boa saúde, procure o hemocentro mais próximo e entre nessa corrente do bem — juntos, podemos salvar vidas.”
A população pode acompanhar a jornada pelas redes sociais (@pedalando_para_vida) e também participar ativamente. Para entrar no REDOME, basta procurar um hemocentro com documento oficial com foto. Uma pequena coleta de sangue (5 ml) já é suficiente para integrar a base de dados que pode transformar o destino de pacientes em todo o Brasil. “Pedalar essa distância em tão pouco tempo é um desafio enorme, mas extraordinário mesmo é se tornar voluntário doador de medula óssea”, reforça Marcelo Borges Vieira, um dos integrantes da expedição.










